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Após tombo do PIB em 2020, Economia diz que incertezas seguem ‘elevadas’ e que vacinação possibilitará melhora.

Após anúncio do tombo de 4,1% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2020, a Secretaria de Política Econômica do Ministério da Economia avaliou nesta quarta-feira (3) que as incertezas econômicas “continuam elevadas” e acrescentou que o primeiro trimestre deste ano será “desafiador”. A pasta ainda afirmou que a vacinação deve contribuir para uma melhora no cenário.

O resultado do PIB de 2020, influenciado pela pandemia de Covid-19, foi o pior desde o início da série histórica do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 1996.

“No entanto, a manutenção da política monetária em terreno acomodatício [juros básicos ainda baixos], a expansão da vacinação, a consolidação fiscal [melhora nas contas públicas] e a continuidade das reformas estruturais possibilitarão a elevação da confiança e maior vigor da atividade ao longo do ano”, disse o Ministério da Economia.

“Entretanto, as incertezas econômicas continuam elevadas e, especialmente, o primeiro trimestre deste ano será desafiador”, completou a pasta.

As reformas são consideradas pela equipe econômica como essenciais para equilibrar as contas públicas e garantir um crescimento sustentável.

Essas medidas, segundo avaliação do governo, fazem parte de uma “estratégia fundamental para a manutenção do crescimento da economia em taxas superiores às observadas nos últimos anos”.

De acordo com a área econômica, o resultado do PIB de 2020, embora negativo, mostra reversão das estimativas de mercado e de organismos internacionais ao longo do ano, que indicavam retração ainda mais aguda – algumas estimativas de queda do PIB superavam 9%.

“Merece destaque a forte recuperação da atividade no segundo semestre, fruto da pronta resposta da economia brasileira às medidas de política econômica de combate aos efeitos da pandemia de coronavírus (Covid19)”, acrescentou.

Em entrevista coletiva nesta quarta-feira (3) o secretario especial de Fazenda, Waldery Rodrigues, avaliou a queda como uma “performance muito boa”, pois a retração “foi abaixo das expectativas”.

“Em termos relativos nós tivemos uma performance muito boa, então, é uma comemoração comedida, uma comemoração conservadora, no sentido de que a retração no PIB ela foi muito abaixo das estimativas que foram divulgadas no ano passado”, disse Waldery.

Comparação internacional

Na comparação internacional, informou a Secretaria de Política Econômica, o PIB do Brasil em 2020 teve recuo “moderado”.

“O Brasil apresentou resultado melhor que outros países da América Latina, como México (-8,7%) e Colômbia (-6,8%), e países do G7, a exemplo do Reino Unido (-9,9%), da Alemanha (-5,3%) e do Japão (-4,8%). O PIB do Brasil ficou também relativamente próximo do desempenho dos EUA em 2020 (-3,5%)”, acrescentou.

Previsão para 2021

Para 2021, o Ministério da Economia lembrou que a previsão oficial é de uma alta de 3,2% para o PIB brasileiro. “Contudo, para continuar avançando ainda mais, é necessária a aprovação das reformas estruturais e das medidas que viabilizem a consolidação fiscal”, informou.

Após a aprovação da lei do saneamento básico em 2020, assim como a legislação de licitações e de falências, o Ministério da Economia informou que novos marcos legais “seguem sendo aprimorados e serão aprovados ao longo de 2021, como é o caso da nova lei do gás e do novo marco legal de cabotagem”.

“Ademais, existe um amplo rol de medidas referentes à melhoria da segurança jurídica, correção da má alocação de recursos, aumento da produtividade e consolidação fiscal em debate no Congresso Nacional. Todas essas medidas em conjunto permitirão um aumento gradativo da confiança na economia brasileira e serão determinantes na agenda econômica de 2021”, concluiu.

FONTE: G1 Economia.

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